Autora: Paola
quinta-feira, agosto 05, 2010
Maravilhosa sofredora: Amor.
ela. Cabelos longos, cacheados e escuros como a noite,nem alta, nem baixa. Corpo modelado, com curvas suaves. Sonhadora...Ah! Como era sonhadora aquela menina. Doce,doce que me estalava de prazer, só de me lembrar de tanta docura!
Fazia o bem, sem ver á quem. Mas nem sempre isso era recíproco,e esse fato a entristecia. Eu acompanhava ás noites daquela garota pela janela, todos os dias,e, pude perceber que sua dor se fazia maior quando o céu que nos cobre,escurecia. Não sei o motivo, nunca questionei; Mas haviam tantas estrelas, e aquela lua estonteante que embebedava qualquer ser humano do mais puro amor. Aonde se encontra a felicidade daquela garota? Não sei, não me pergunte. Só era um mero expectador inexistente em sua vida. É como nas telenovelas,nas quais os atores não conhecem cada um de seus tele-expectadores. Mas como podia ler em seus olhos: É a lei da vida!
Ela aceitava os fatos facilmente,está logo aí! Algo que eu admirava á todo o vapor naquela garota: Ela encarava os fatos lamentáveis, como a lei da vida. E isso a impulsionava á tentar e viver um novo dia, na esperança de estar,algum dia,naquela janela com um sorriso estampado em seu rosto de pele de seda. E era a cena que sempre desejei ver.
Por diversas vezes ela chorava, a cena nunca mudava. Eu precisava fazer algo por ela.
Mas me questionava: Quem sou eu para salvá-la dessa beira de abismo?
Droga! Nem ao menos sabia quem eu era. Não tinha nome. Só era um imbecil que ficava atrás de uma janela observando-a, e não fazendo nada pela felicidade dela. Mas o meu maior desejo era estar ao seu lado; Sem malícias, sem segunda intenções. Eu queria ser amigo dela, dar um abraço aconchegante e secar suas lágrimas á todo instante.
Decidi sair dalí em uma noite, e ir até sua janela. Fiz esforços,improvisei as mais loucas escadas e escaladas para chegar até aquela maravilhosa sofredora. E cheguei. Algo me moveu até lá, e, não era um sentimento ao certo. Uma força distinta!
Enquanto ela chorava eu sorria. Levantou-se,querendo me atacar com seu travesseiro como se já soubesse de minha insignificante existência. Segurei seu braço impedindo a agressão, e, mesmo sem saber a resposta, lancei a questão:
— Sabe quem sou eu?
Suave, como era suave aquela voz de veludo me respondendo:
— Não,não quero saber, me abraçe. Só quero um abraço.
Abraçei,e pude sentir nossa união através desse abraço. Ela sorriu.
Sim,
Ela sorriu.
E nesse sorriso pude ler que era á mim que ela tanto procurava, e que, entre lágrimas pedia em oração todos os dias antes de dormir. Minha memória á queima-roupa reluziu,e me recordei quem eu era, Até meu nome já sabia.
Ela me sorriu com os olhos e questionou:
—Qual seu nome?
A presentiei com o meu mais lindo sorriso e disse:
— Amor,esse é o meu nome... Amor.
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